domingo, 17 de abril de 2011

ANTICORPOS E IMUNOGLOBULINAS

   Anticorpos, imunoglobulinas ou gamaglobulinas  são glicoproteinas sintetizadas e excretadas por células plasmáticas derivadas dos linfócitos B, os plasmócitos, presentes no plasma, tecidos e secreções que atacam proteínas estranhas ao corpo, chamadas de antígenos, realizando assim a defesa do organismo           ( imunidade humoral). Depois que o sistema imunológico entra em contato com um antígeno (proveniente de bactérias, fungos, etc.), são produzidos anticorpos específicos contra ele.
Há cinco classes de imunoglobulina com função de anticorpo: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Os diferentes tipos se diferenciam pela suas propriedades biológicas, localizações funcionais e habilidade para lidar com diferentes antígenos.
As imunoglobulinas são moléculas e possuem estrutura tridimensional. Qualquer imunoglobulina possui duas cadeias pesadas. Cada uma das cadeias pesadas está unida a uma cadeia leve por duas pontes de enxofre e as duas cadeias pesadas estão unidas entre si.
    O IgA é encontrado em areas de mucosas como os intestinos, trato respiratório e trato urogenital, prevenindo sua colonização por patógenos.
    O IgD funciona principalmente como um receptor de antígenos nas células B. Suas funções são menos definidas do que as dos outros isotipos.
    O IgE se liga a alérgenos e desencadeia a liberação de histaminas dos mastócitos, também estando envolvido na alergia. Protege também contra vermes parasitas.
    O IgG proporciona a principal imunidade baseada em anticorpos contra os patógenos que invadem o corpo. È o único tipo de Ig que o bebê recebe da mãe.
    O IgM é expressado na superfície das células B. Elimina patógenos nos estágios iniciais da imunidade mediada pelas células Bantes que haja IgG suficiente.

segunda-feira, 28 de março de 2011

PRINCIPIOS DA AGLUTINAÇÃO

   A tipagem sanguinea é um teste realizado por profissionais de saúde para estabelecer qual tipo sanguineo e fator RH ( positivo ou negativo ) que um individuo possui é um procedimento largamente utilizado nas tranfusões de sangue e centros de hemoterapia.
   O sistema ABO é formado por quatro grupos principais, representados pelas letras A, B, AB e O. Pessoas sadias que não possuem o antígeno A e/ou B nas hemácias possuem o antícorpo correspondente em seu soro. O principio básico do teste é a aglutinção observada a olho nu. Hemácias que possuem antígeno A aglutinam-se em presença de anti-A; hemácias que possuem antígeno B, aglutinam-se em presença de reagente anti-B. Caso ocorra aglutinação para anti-a e anti-B o sangue será AB e se não houver aglutinação na presença dos dois é O.
   O teste pode ser realizado em lâmina ou em tubo de ensaio. È preparado uma suspensão dos glóbulos vermelhos e uma gota de reagente é inserida na lâmina. Posteriormente adiciona-se uma gota de suspensão de hemácias e então os dois são misturados numa pequena área da lãmina. Deve ser observado a formação ou não do coágulo. Em tubo deve ser preparada uma suspenção de hemácias com teor de aproximadamente 5%. São adicionados uma gota do reagente da suspenção de hemácias no mesmo tubo e misturados.
   A mistura é então levada a centrifuga e colocada em rotação de acordo com a informação da bula. Deve ser feita uma suspensão para observar a aglutinação.

sábado, 19 de março de 2011

ANTÍGENOS E IMUNÓGENOS

  Antígeno  é toda molécula ou paticula capaz de iniciar uma resposta imune,a qual começa pelo reconhecimento dos linfócitos fazendo com que ocorra a produção de um anticorpo específico. Os antígenos podem ser classificados em: antígeno completo ou imunogeno- que são os antígenos capazes de suscitar uma resposta imune e o antígeno incompleto que não é capaz de suscitar uma resposta imune.
  Esclarecendo melhor a diferença entre antígeno e imunógeno é necessário conhecer os mecanismos de  iniciação da reação antígeno-anticorpo. O sistema imunológico tem como função básica a discriminação entre os antígenos próprios (SELF) e os antígenos não próprios (NON SELF). Isso deve ocorrer para que se evite um ataque pelo sistema imunológico dirigido a moleculas próprias ou úteis ao organismo. Somente após este reconhecimento é possível que a reação imunológica prossiga no sentido de destruir um antígeno potencialmente nocivo. Assim, o sistema imunológico reconhece os antígenos non self reagindo contra eles.
   Nesta situação, o antígeno pode ser denominado imunógeno. Caso seja reconhecido como self, não haverá resposta imune efetora, e diz-se que há tolerância imunológica. Um antígeno pode ser uma bactéria ou um fragmento dela, um vírus,um fungo,um protozoário,parte de um organismo mais complexo como um parasita, ou até uma substância qualquer.
   Os antígenos presentes na natureza variam em sua imunogenicidade,ou seja, podem ser imunógenos fracos ou potentes. Quando o sistema imunológico apresenta uma resposta acima da considerada normal dizemos que a pessoa apresentou uma alergia. Quando a fase de reconhecimento falha, reconhecendo como non self, um antígeno próprio do individuo fala-se em auto-imunidade ou reação auto-imune.

sexta-feira, 11 de março de 2011

CASOS CLINICOS RELACIONADOS A IMUNOLOGIA

     Através de casos clínicos podemos observar o quanto o sistema imune é importante para os seres vivos. No estudo dirigido relacionado aos camundongos atimicos, os dois tinham defeitos nas células T, o nude tinha defeito no timo e no amadurecimento nas células de defesa e o scid tinha defeito na produção de células T precursoras.
    Com o transplante de células da medula óssea do nude para o scid e do timo do scid para o nude verificou-se que tanto o scid como o nude não apresentaram mais nenhuma deficiência em relação ao amadurecimento e na produção de células de defesa. Assim quando os enxertos de pele foram transplantados de um camundongo para outro não foram rejeitados, pois, os camundongos não receberam os enxertos como no self e sim self devido aos transplantes de células realizadas no ínicio.

segunda-feira, 7 de março de 2011

ORGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS

     Os tecidos linfóides secundários são os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela humoral ou celular. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, que migraram pela circulação e atingiram os tecidos. Neles estão presentes os nodos linfáticos difusos, ou encapsulados como os linfonodos, as placas de peyer, tonsilas, baço e medula óssea.
    Os linfócitos T são encontrados numa região que fica entre o córtex e a medular, chamada de região paracortical. Neste local os pró-linfócitos T viram linfócitos T maduros e capazes de realizar a resposta imune. Ao haver o contato do linfonodo com a linfa aparecem células apresentadoras de antigenos chamadas de células dendriticas que fagocitam os antigenos que chegam pela linfa e vão apresentar seus epitopos para os linfócitos B ou T maduros que estão no parênquima do orgão daí desenvolvendo-se uma resposta imune.                                     
   Os linfócitos ativados proliferam-se e atacam os antigenos que chegam ao orgão. Também sai do orgão para a linfa e vão para a circulação sanguinea dirigindo-se ao local de ação.
    Assim a resposta imune que se desenvolve nos linfonodos, dependendo do antigeno, faz com que os linfonodos aumentem de tamanho, deviddo a grande proliferação dos linfócitos. Este processo de hipertrofia dos linfonodos é chamado de Adenite ou Linfadenite. Quando o processo é bem patológico e especifico o linfonodo pode crescer muito e nesse caso é chamado de adenomegalia.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

VISÃO DA FUNÇÃO DOS ORGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS

   Os orgaõs linfóides são os orgãos principais que agem no combate aos agressores externos. Os linfócitos são as celulas responsáveis pela resposta imune, dentre os quais os linfócitos T que estão presentes nos virus, fungos e tumores, e os linfócitos B que estão presentes nas bactérias e toxinas.
   Os orgãos linfóides são divididos em primários e secundários. Os primários saõ o timo e a medula ossea, os quais são produtores de células do sistema imunológico, sendo assim o local onde ocorrem as principais fases de amadurecimento. Já os secundários contém os linfonodos, o baço, as tonsilas e as placas de peyer que agem como um filtro imunológico drenando os antigenos dos tecidos, assim são os orgãos que participam efetivamente da resposta imune, seja ela humoral ou celular.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

opsonificação

RELAÇÃO ENTRE OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE NA RESPOSTA NATURAL

     A palavra opsonização vem do grego a qual opson significa condimento ou molho,isto é, algo que torna o alimento mais digestível. Quando aplicamos as celulas,estas podem englobar microrganismos fazendo com que proteínas com atividade opsônica cubram bactérias ou outros patógenos e facilitem sua remoção. Assim a fagocitose é comparativamente ineficaz na ausência de opsoninas, onde os co-fatores revestem os microrganismos e aumentam a capacidade de englobamento pelas celulas(neutrofilos).
   A fagocitose é realizada pela utilização dos pseudopodos, expanções celulares que circundam um organismo ou particula,e se fusionam para formar um vacuolo denominado fagossoma.